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VI Arvorecer Negro reúne cerca de 700 pessoas e retoma o Reneabi, encontro de Neabi’s do IF Baiano
Atualizado em 20 de novembro de 2023 às 08h06 | Publicado em 14 de novembro de 2023 às 17h19
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Novembro começou com o VI Arvorecer Negro empretecendo o IF Baiano e reunindo os Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas – Neabi’s da instituição para articulação e discussão de pautas sobre a temática étnico-racial. O evento aconteceu no Campus Teixeira de Freitas e reuniu cerca de 700 pessoas, dentre elas pesquisadores de treze instituições espalhadas pela Bahia e Brasil, estudantes de ensino médio, graduação, pós-graduação e representantes discentes e servidores de todos os campi do IF Baiano. 

A programação do evento estava repleta de atividades acadêmicas e artístico-culturais. Foram 3 mesas-redondas, duas reuniões, dezoito oficinas, treze minicursos e 07 áreas temáticas que contaram com a submissão de 69 trabalhos: resumos simples, expandidos e relatos de experiências. Durante esses dias, os participantes tiveram contato com a arte desenvolvida por alunos do campus, apresentações musicais de servidores, uma imersão na música popular produzida por pessoas pretas no Brasil com arte e ciência caminhando lado a lado.

O evento ocorreu de 08 a 10 de novembro e agregou em sua programação o II Seminário Regional de Lutas dos Povos Indígenas, com o tema ““Intelectualidades negras e indígenas” e o IV RENEABI, encontro da rede de Neabi’s do IF Baiano. 

Reneabi

O Reneabi teve como foco os 20 anos da Lei 10.639/03 e os desafios que o Instituto ainda enfrenta para a sua efetiva implementação. A lei instituiu nas escolas a obrigatoriedade do estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. 

Na mesa que abriu a programação do Reneabi, os convidados problematizaram os passos lentos na aplicabilidade das leis 10.639/03 e a 11.645/08. Para o professor do Campus Santa Inês, Ivo Ferreira, as leis 10.639 e 11.645 estão longe de serem ultrapassadas, desnecessárias. “Eu fico triste em entender que o Brasil ainda precisa de uma lei que obrigue as pessoas a falarem do seu povo”, lamentou o docente.  

A realização do Reneabi foi interrompida pela pandemia e, no Arvorecer 2023, o evento voltou para o calendário de atividades dos Neabi’s. De acordo com Rafaela Magalhães, coordenadora de Políticas de Ações Afirmativas, Equidade e Diversidade (PAAED), o Reneabi é um momento diferente dos demais momentos de reunião dos Neabi’s, pois é aberto à participação da comunidade, com palestras e momentos formativos para os estudantes. É um momento de planejamento de ações, deliberações e partilha do que foi realizado ao longo do ano pelos Núcleos. 

O Reneabi contou com representação de todos os campi e os representantes puderam deliberar sobre o planejamento de ações para o próximo ano, decidindo, por exemplo, que os Núcleos irão trabalhar um mesmo tema em todas as unidades do IF Baiano ao longo do ano que vem. “Na reunião do Reneabi, ficou muito evidente o quanto que a gente ainda precisa caminhar para fortalecer os Neabi’s nas nossas redes”, conta Rafaela. Para Rafaela, o fortalecimento e crescimento dos Núcleos passa pela conquista de estrutura física para os Neabi’s, pela realização de atividades de extensão pelos Núcleos e também pelo olhar para a questão da sobrecarga dos estudantes, que acaba dificultando um envolvimento mais profundo com os Núcleos.

Priscila Oliveira, presidente da Comissão Organizadora do evento, destacou que este ano, ocorreu um curso de 120h, numa escola indígena, em Coroa Vermelha, que foi validado pelo NEABI e pelo IF Baiano, cadastrado como projeto de extensão no campus.”É muito importante a gente ver, inclusive, como a atuação do NEABI tem se estendido para ações afirmativas e inclusivas. E realmente lembrar que as ações do NEABI devem ser bastante intensas, atendendo às questões afro brasileiras, as questões negras e também indígenas”, conta Priscila.

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