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“O evento foi muito proveitoso! Participei de diversos eixos temáticos com o objetivo de absorver o máximo de conhecimento e experiências no que tange a prática da extensão e o propósito da mesma para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, comentou entusiasmado o estudante do curso técnico em agrimensura do Campus Uruçuca, Daniel Ramos, ao falar sobre os dias em que esteve no Congreso de Extensión, em Montevideo, Uruguai.

Numa viagem de cinco dias, um grupo de doze pessoas, entre professoras e estudantes, esteve, no início de novembro, em outro país latino, para participar de um evento internacional ligado à área de Extensão. Entre algumas temáticas, foram discutidas questões como: movimentos sociais e universidade; educação e direitos humanos; autonomia universitária e pensamento crítico; mulheres e reflexões feministas; movimentos populares.

Segundo a professora Cristiane Brito, coordenadora do Projeto de Internacionalização da Extensão do Instituto Federal Baiano (IF Baiano), o que mais lhe chamou a atenção foi o envolvimento de estudantes de ensino médio, mas a surpresa ficou por conta mesmo de não ter observado relatos de vivências como a do Instituto. “De outros países que participavam do evento, não foi relatado nada semelhante à nossa experiência. Ouvi muitos relatos de ausência de recursos para desenvolver extensão e a ausência de bolsas para os alunos”, frisou.

Cristiane destacou ainda sobre uma experiência bem-sucedida que ouviu e possível de ser implantada no IF Baiano. “No Uruguai, alguns projetos são elaborados com a participação da comunidade. O envolvimento da comunidade, antes da implantação do projeto, contribui no envolvimento, de forma mais significativa, da comunidade durante a execução do projeto”, falou.

Do evento, a coordenadora mencionou também sobre a metodologia para a apresentação dos trabalhos. “Em quase todas as mesas, houve tempo para um amplo debate e a troca de experiências; desta forma, permitiu, que mesmo quem não tinha trabalho aprovado para apresentação, pudesse socializar sua vivência na Extensão: muitos alunos e os professores tiveram oportunidade de falar um pouco do trabalho desenvolvido no IF Baiano”, afirmou Cristiane.

Além da experiência de conviver e compartilhar com outros profissionais, o grupo também destacou a felicitação por eles serem os únicos pesquisadores dos Institutos Federais presentes no evento. “Não observamos nenhuma participação de outro Instituto do Brasil, apenas o IF Baiano. Desta forma, representamos não só a Bahia, mas todos Institutos do Brasil”, pontuou.

Experiências:

“O evento foi muito construtivo onde todos compartilharam seus conhecimentos de forma ampla e objetiva. Chamou minha atenção: as vestimentas, a culinária, a limpeza das ruas e das praças, a educação das pessoas e a moeda local etc. Essa viajem marcou a minha vida acadêmica no Instituto; ela me incentivou para produzir mais projetos voltado para a Extensão” (Alef de Oliveira, estudante do 2^o ano do curso técnico em agropecuária do Campus Teixeira de Freitas).

“Essa foi minha primeira viagem internacional onde tive a oportunidade de conhecer estudantes de diversas áreas do conhecimento, trocar experiências e ter contato com acadêmicos em nível internacional, experiência essa que serviu como incentivo para que eu siga em frente a minha vida acadêmica. Pude perceber a importância e a potencialidade que um projeto de extensão detém para melhorar e transformar a vida da população. Um exemplo simples e prático é o projeto, que desenvolvi no IF Baiano – Campus Uruçuca, Vitrine da Mata Atlântica onde foram desenvolvidos jogos para Educação Ambiental com base nas características da Mata na Região Sul da Bahia, especificamente na Zona Turística Costa do Cacau, com o objetivo de sensibilizar a comunidade em geral da importância e dos inúmeros serviços ambientais que este Bioma nos presta” (Daniel Ramos, estudante do curso técnico em agrimensura do Campus Uruçuca).

“A viagem em si foi uma grande oportunidade de aprendizagem, de obter novos conhecimentos sobre Extensão, cultura do país Uruguai e incentivo a explorar outras línguas para que as oportunidades sejam muito mais aproveitadas. Além de ter essa experiência fora do país, os alunos também tiveram uma experiência pessoal, pois a convivência e a interação com alunos de outros campi também contribuíram para a formação profissional e pessoal de cada um. Cada um com um projeto diferente e metodologias diversas, tudo isso acrescenta ao estudante” (Florisvaldo Mascarenhas Júnior, estudante do curso técnico em meio ambiente do Campus Governador Mangabeira).

“Uma viagem agradável onde tivemos momentos de socializar conhecimentos e conhecer a realidade de nossos colegas do IF Baiano e de outras universidades. Foi muito bom conhecer o desenvolvimento da Extensão em outros países visto que havia um grande número de pessoas de diferentes nações e também de outros estados brasileiros. Esse aprendizado serve para estimular a pesquisação continuada onde nos qualificamos cada vez mais na academia”(Joelson de Oliveira Rios, estudante do 5^o semestre do curso de licenciatura em ciências da computação do Campus Senhor do Bonfim).