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Educação antirracista: IF Baiano participa do XIII COPENE, evento que reúne pesquisadores negros de todo o país
Atualizado em 17 de setembro de 2024 às 16:56 horas | Publicado em 17 de setembro de 2024 às 16:54 horas

O IF Baiano esteve presente no XIII Congresso Brasileiro de Pesquisadores/as Negros/as (COPENE), que ocorreu em Belém-PA, entre os dias 9 e 13 de setembro, em formato presencial. Representando os Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do Instituto Federal Baiano (NEABI IF Baiano) no congresso, estiveram as servidoras Rosane Silva dos Santos, técnica em laboratório do campus Teixeira de Freitas; Scyla Pinto Costa Pimenta, professora de Sociologia do campus Valença; e Maria Asenate Conceição Franco, assistente social do campus Governador Mangabeira.

Organizado pela Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), o COPENE é um dos maiores eventos acadêmico-científicos da América Latina. A Coordenação de Políticas de Ações Afirmativas, Equidade e Diversidade (CPAAED/PROEN) mobilizou esforços para garantir uma representação do IF Baiano no Congresso. O evento desempenha um papel essencial na reunião de pesquisadores/as negros/as, promovendo a difusão de estudos e investigações em diversas áreas do conhecimento, com foco nas vivências da população negra no Brasil e na diáspora. Realizado bienalmente, o congresso foi composto de conferências, simpósios temáticos, mesas-redondas, minicursos, comunicações de pesquisas, painéis, feiras e lançamentos de livros, além de uma rica agenda cultural.

Da esquerda para direita: Rosane Santos, Scyla Pimenta, Maria Asenate Franco

Sob o tema “A dimensão pública do racismo: desigualdades, reparação e equidade”, o evento reuniu cerca de 4 mil participantes, representando universidades, institutos federais, escolas básicas, grupos de pesquisa, instituições governamentais e organizações não-governamentais.

Rosane Silva dos Santos coordenou, em parceria com servidores de outras instituições, a sessão temática “Coletivizando perspectivas afrodiaspóricas na produção e no ensino de conhecimento científico biológico”. Para ela, o COPENE é marcante pela diversidade de temas abordados e pela riqueza das formações dos pesquisadores. “Durante o evento, é possível aprender sobre diferentes pesquisas, muitas delas atravessadas por questões étnico-raciais. Discutir como racializar a ciência e torná-la menos racista é essencial”, afirmou. Rosane também destacou a mesa-redonda sobre protocolos antirracistas no combate ao racismo institucional na educação, um tema relevante para todas as instituições de ensino brasileiras. Ela mencionou ainda o recente edital do MEC para a criação de um comitê voltado à prevenção e resposta ao racismo nas escolas brasileiras.

Coordenação da sessão temática “Coletivizando perspectivas afrodiaspóricas na produção e no ensino de conhecimento científico biológico” – Da esquerda para direita: Ana Carolina Bárbara (USP), Rosane Santos (IF Baiano), Kelly Meneses (UEFS), Denise Cruz (UFMG), Florença Silvério (UFSCar)

Maria Asenate Conceição Franco coordenou uma sessão sobre o serviço social na educação e destacou a importância dos debates antirracistas para o fortalecimento da luta contra o racismo, que afeta crianças, mulheres e homens, comprometendo seus direitos sociais. “O COPENE é um espaço de diálogo sobre nós, para nós”, afirmou.

Participantes da Sessão temática “Coletivizando perspectivas afrodiaspóricas na produção e no ensino de conhecimento científico biológico”

Scyla Pinto Costa Pimenta apresentou um trabalho na sessão temática “Educação Quilombola, Educação Escolar Quilombola e Territorialidades no contexto de luta por Direitos”, compartilhando os resultados de atividades do NEABI do campus Valença. A apresentação incluiu um projeto de extensão desenvolvido em diálogo com comunidades quilombolas da região, além de um curso de aperfeiçoamento em Educação Escolar Quilombola, em parceria com a Rede Programa Escola-Quilombo e o Fórum de Educação Escolar Quilombola da Bahia.

A participação no XIII COPENE destacou a produção científica do IF Baiano e promoveu articulações entre os NEABIs nacionalmente organizados, oferecendo ferramentas para uma educação antirracista e para o fortalecimento de políticas de diversidade, inclusão e ações afirmativas na perspectiva étnico-racial. Para a Coordenação de Políticas de Ações Afirmativas, Equidade e Diversidade, a presença do IF Baiano em eventos desse tipo é fundamental para o aprimoramento das políticas institucionais de combate ao racismo.

Scyla Pimenta apresentando resultados do NEABI campus Valença
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