Disputa será em 09/03, no Parque Histórico Castro Alves, na cidade Cabaceiras do Paraguaçu, recôncavo baiano.
06/03/2013 às 16h32
Alunos das 1ª e 2ª séries do curso Técnico em Agropecuária Integrado participarão do 12º Festival de Declamação de Poemas de Castro Alves, que ocorrerá em 09 de março, no Parque Histórico Castro Alves, na Fazenda Cabaceiras, localizada em Cabaceiras do Paraguaçu, recôncavo baiano. A viagem ao local foi concedida como prêmio aos estudantes que mais se destacaram pela atuação no recital Condoreiros do Século XXI: navegando na poética de Castro Alves, realizado no dia 24 de janeiro, no Campus Itapetinga.
As professoras de Língua Portuguesa do Campus Itapetinga, Elizete e Ionã Scarante, explicam que os discentes farão apresentações em duas datas. O evento terá caráter competitivo no dia 09, quando serão recitados os poemas As Três Irmãs do Poeta e A Canção do Africano da 2ª série A; Desespero e Navio Negreiro da 2ª série B. Os concorrentes serão avaliados em quatro itens: originalidade – criatividade utilizada por cada candidato para a apresentação do poema; dicção – clareza das palavras pronunciadas na declamação do poema; fluência verbal – correção e pronúncia das palavras; fidelidade ao texto – exatidão e respeito a todos os versos e palavras do poema. O cinco primeiros colocados serão premiados em dinheiro, com valores entre 600 e 1200 reais.
Em 14 de março, a turma da 1ª série A encenará o Cordel “Paixão e Poesia: Castro Alves, poeta da Bahia”, em homenagem ao “Poeta dos Escravos”, numa apresentação sem competição, mas rica em detalhes, como o cenário, figurino, criatividade na produção do gênero, encenação dos participantes regado a música e valorização da cultura baiana.
Recital Condoreiros do Século XXI: navegando na poética de Castro Alves
Em 24 de janeiro, estudantes, servidores do IF Baiano e convidados do meio artístico e cultural de Itapetinga conferiram o recital Condoreiros do Século XXI: navegando na poética de Castro Alves, apresentado pelos alunos da 1ª e 2ª séries do Curso Técnico em Agropecuária do Campus Itapetinga,.
Sendo a culminância de um projeto idealizado e organizado pelas professoras de Língua Portuguesa e Literatura do Campus, Elizete Leal e Ionã Scarante, para avaliação do componente curricular Língua Portuguesa, o espetáculo emocionou a todos pela criatividade e riqueza artística traduzida no cenário, figurino e brilhante atuação dos discentes.
As docentes ressaltam que o objetivo foi aprofundar, a partir da poética de Castro Alves, os conhecimentos de seus alunos a respeito dos diversos gêneros literários – do Trovadorismo ao Romantismo – estudados nas 1ª e 2ª séries do Ensino Médio. Para as turmas da 1ª série, consistiu na produção do gênero textual Cordel sobre a vida e obra do “Poeta dos Escravos”. O evento que tem caráter competitivo, valerá uma viagem ao Parque Histórico Castro Alves, na Fazenda Cabaceiras, localizada em Cabaceiras do Paraguaçu, recôncavo baiano.
Além do diretor-geral do Campus Itapetinga, professor José Assunção Silveira Júnior, marcaram presença no evento, Virgínia Brito, representando o Rotary Clube; Agnelo Nunes, presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Itapetinga; Gilson de Jesus, ex-vereador e poeta do município; o artista plástico, professor de Artes e coordenador da Biblioteca do campus, Coelho Dias; representantes da Academia Itapetinguense de Letras e da Secretaria de Educação de Itapetinga, e o médico, poeta e músico Carlos Dutra – “Calu”, que iniciou o evento cantando músicas de diversos artistas, a exemplo de Vinícius de Morais, Toquinho, Beatles e Castro Alves com a bela Canção do Violeiro. Em seguida, o professor Coelho Dias recitou um poema de sua autoria em homenagem ao município Itapetinga.
A mesa de jurados foi composta pelos professores do IF Baiano, Gedeval Paiva Silva (Geografia); Rosemeire Oliveira Nascimento (Língua Espanhola); Izanete Marques (Língua Portuguesa e Literatura), além do médico poeta “Calu” e Virgínia Brito, do Rotary Clube.
Os critérios a serem observados pelos jurados em relação aos cordéis foram adequação ao gênero, a organização dos versos em sextilhas; rimas, efeitos sonoros, emprego de figuras de linguagem; composição do cenário e utilização do cenário como recurso; unidade de sentido do texto: a ligação entre o sentido do texto com o texto em si e fidelidade ao tema; figurino; entonação e expressão corporal dos participantes; harmonia e desempenho do grupo; ilustrações contidas no livreto e originalidade.
Em forma de versos, as professoras Elizete Leal e Ionã Scarante fizeram explanação do projeto. Em seguida e de forma inusitada, alunos levantam do público e narram a história de figuras de grande relevância para o município, como Juvino Oliveira; o artista plástico “São Félix”; o compositor “Jairo dos Teclados”… ” Artistas de ontem, de hoje, daqui e de lá”.
Logo mais, houve encenação dos cordéis das turmas da 1ª série. Os alunos da turma A apresentaram “Paixão e Poesia: Castro Alves, poeta da Bahia”; a turma B encenou “Seguindo as pegadas de Castro Alves” e “Nas asas do Condor: o grande amor de Castro Alves” – com a turma C. Para acessar a produção, basta clicar em cima dos títulos dos trabalhos.
A duas turmas da 2ª série emocionaram pela interpretação de vários trabalhos do Poeta Condoreiro. Foram recitados poemas de várias fases do autor – do romântico amoroso até o trágico, de teor libertário. Destaque para “Vozes D’Africa e “Navio Negreiro”, que suscitaram lágrimas nos espectadores pela convincente performance de alguns alunos ao dar vida à narrativa que fala do drama enfrentado pelos negros frente à escravidão.
Ao final do evento, houve apresentação de dança, representando a música popular brasileira, com os alunos da 2ª série.
Preparação para o recital
Conforme as professoras Elizete Leal e Ionã Scarante, o projeto foi desenvolvido ao longo de 2012. “Fizemos leituras sobre essa literatura, exibição de vídeos e os alunos tiveram a oportunidade de fazer um cordel encomendado. Quando se faz um cordel encomendado, se torna mais difícil de quando é espontâneo. Usando um termo bem típico dos cordelistas, dos violeiros, foi uma ‘peleja’ bem grande. Cada turma se dividiu em grupos e cada grupo ficou com fragmentos da vida de Castro Alves, que seriam construídos em sextilhas. Depois fizemos a junção em um único texto, escrevendo e reescrevendo várias vezes”, esclarece Ionã .
A convite do campus, em 18 de janeiro, o cordelista e professor de História, Antônio Eduardo Fiscina Oliveira Júnior, proferiu uma palestra sobre Literatura de Cordel, abordando a origem e variedades do gênero, trabalhos realizados e esclarecendo dúvidas dos discentes.
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