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Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade, Geni, tem regulamento aprovado e comemora expansão
Atualizado em 26 de junho de 2020 às 16:29 horas | Publicado em 26 de junho de 2020 às 16:17 horas

Dia 28 de junho é o Dia do Orgulho LGBT e, no último dia 10, o Consup aprovou o regulamento do Geni

No dia do orgulho LGBT deste ano, o Geni, Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade do IF Baiano, comemora a recente aprovação do seu regulamento pelo Consup e a expansão do Geni para mais três campi: Governador Mangabeira, Santa Inês e Valença. O Geni é um núcleo propositivo e consultivo que estimula e promove ações de Ensino, Pesquisa e Extensão orientadas à temática da educação para a diversidade de gênero e sexualidade. Foi criado em 2017 no campus Uruçuca e em 2019 foi implementado também nos campi Alagoinhas, Catu, Itaberaba, Senhor do Bonfim e Teixeira de Freitas.

A idealizadora do Geni, Iara Bernabó Colina, está muito feliz com a aprovação do regulamento e com a expectativa de implantação do núcleo em todos os campi do IF Baiano, pois acredita que essa é uma representação necessária para combater a misoginia, a homofobia e o machismo na escola. Embora não possa celebrar o 28 de junho, Dia do Orgulho LGBT, com atividades e discussões presenciais com os alunos, como o Geni costuma fazer, devido a pandemia da Covid-19, Iara reforça que a data será marcada por essas conquistas.

O nome do núcleo, segundo explica Iara Colina, faz referência à personagem da música de Chico Buarque de Holanda, Geni e o Zepelin. “A escolha do nome vem do fato de Geni possuir características de gênero indefinidas, tratando-se de um corpo híbrido, mutável, apedrejado e, ao mesmo tempo, transgressor”, afirma Iara. O Geni é composto pelo Núcleo de Estudos sobre Diversidade Sexual (NEDS) e pelo Núcleo de Estudos de Inclusão da Mulher (NEIMU), atendendo ao que estabelece a Política de Diversidade e Inclusão do IF Baiano.

Nesses quase três anos de existência, o Geni já realizou rodas de conversa, palestras, exibição de filmes e oficinas sobre diversidade e equidade de gênero e educação sexual. O IF Baiano tem em sua comunidade acadêmica pessoas de diferentes gêneros e orientações sexuais e, para Iara Colina, é de fundamental importância que a escola acolha essa diversidade. “Juntamente a outros segmentos, como família, mídia, religião e lei, o espaço escolar pratica a pedagogia da sexualidade, o disciplinamento dos corpos. O incentivo a modelos de comportamentos baseados numa divisão binária de gênero reforça estereótipos de masculinidade e feminilidade e exclui a diversidade sexual, resultando em práticas misóginas, machistas e lgbtfóbicas. Portanto, atividades de ensino, pesquisa e extensão sobre as temáticas de diversidade de gênero e sexual transformam a escola em um espaço de acolhimento da diversidade, onde estudantes podem se expressar livremente, tornando-se mais empoderados”, explica Iara.

É esse acolhimento que o estudante Arthur Cardoso dos Santos sente no campus Uruçuca. Ele ingressou no IF Baiano após passar por transição de gênero, mas ainda não tinha seu nome social retificado. “Tive que ser parceiro do Instituto, sempre buscando que os funcionários estivessem atualizados sobre leis relacionadas a pessoas trans e fui muito bem acolhido e compreendido no IF”, explica Arthur. Ele recebeu o apoio do Geni e afirma poder contar com o núcleo para o que precisar. “A coisa mais legal que eu vi no IF é que ele tem o poder de abrir a mente das pessoas através de palestras e eventos, pessoas que muitas vezes chegam com um preconceito já de família e com acesso a informações aprendem a respeitar”, conta o aluno.

Sobre o Dia do Orgulho LGBT, a presidenta do Geni, Iara Colina, diz que a palavra orgulho, nesse contexto, é usada em contraposição à palavra vergonha e deixa a seguinte mensagem aos alunos: “Não tenha vergonha de ser quem você é! Você é um ser humano e tem o mesmo direito de se expressar como qualquer outro, independente de gênero ou sexualidade. A nossa sociedade patriarcal e heteronormativa ainda predetermina papéis masculinos e femininos e tem imenso preconceito com o ‘feminino’ independente de em que corpo este ‘feminino’ habita. Por isso são tão importantes os movimentos de visibilidade e orgulho. Não se cale, conheça e exerça o seu lugar de fala. O Geni tem como missão caminhar junto nesse processo de construção e divulgação de conhecimento, pois acreditamos que é assim que se combate o preconceito”.

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