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Consciência para valer!

Por: Dislene Cardoso de Brito (IF Baiano, Campus Valença)

Coordenadora NEABI

O NEABI – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas – do IF Baiano, Campus Valença, fecha o ano 2016 com importantes ações envolvendo as temáticas da Identidade e da Cultura afro-brasileiras e indígenas. O compromisso do Núcleo é promover espaços de reflexões envolvendo toda a comunidade escolar, possibilitando um diálogo produtivo entre as diversas áreas dos cursos integrados e subsequentes do Campus.

Atualmente, o Núcleo é composto por cinco professores (Dislene Cardoso, Gilson Antunes, Indinea Paixão, Nelma Barbosa e Scyla Pimenta) e cerca de vinte alunos dos cursos integrados (Agropecuária e Agroecologia) do Campus Valença. O NEABI promove encontros quinzenais para realizar estudos sobre questões afro-brasileiras e indígenas, a partir de análise de textos teóricos e literários, além de relatos de experiências e dinâmicas de grupo. Todos os encontros são realizados no Campus, os quais são abertos à comunidade.

Nesse diálogo profícuo com as ações do Instituto, o NEABI esteve presente no SEMAIF (Semana do Meio Ambiente do IF Baiano), que ocorreu nos dias 31/05 e 01/06 de 2016, com o tema Saúde Ambiental na Atualidade: desafios e perspectivas.  Para o evento, o NEABI, propôs um minicurso sobre a temática indígena, com participação do especialista em estudos indígenas, pesquisador Manoel Antunes da Silva, que apresentou o minicurso Meio Ambiente e Cosmovisão Indígena: Saberes e Práticas.

Seguindo o calendário de ações do Núcleo, o NEABI promoveu o II Seminário (Re) Pensando Questões Afro-Brasileiras e Indígenas – diálogos sobre cultura, memória e identidade. O evento dá continuidade aos diálogos do Núcleo desde sua implantação no Campus, ampliando a reflexão para as áreas de Linguagens e Humanas do IFBaiano de Valença. O evento contou, ainda, com a participação do GLICAM (Grupo de Pesquisa em Linguagens, Culturas e Ambientes) e dos projetos de pesquisa e de extensão do Campus. Portanto, configura-se como um evento interdisciplinar e um amplo espaço de reflexões, debates e construção de saberes sobre cultura, religiosidade e identidade afro-brasileiras e indígenas

O evento ocorreu entre os dias 16 e 18 de novembro de 2016, com realização de palestras, lançamento de revista e CD, performances, exposição de arte visual afro-brasileira e apresentações de alunos do Instituto, oficinas, mostra de cestaria e biojoias quilombolas e apresentação teatral de uma comunidade remanescente de quilombo do Baixo Sul Baiano.

Na noite do dia 16 de novembro, o grupo do projeto de extensão CENAS DE JATIMANE lançou a revista, que leva o nome do grupo; a comunidade de remanescente de quilombos Jatimane apresentou uma comédia (evento cultural da comunidade); os alunos do Campus realizaram performances envolvendo a história e a literatura brasileira e a africana; a professora Nelma Barbosa organizou uma exposição de artes plásticas de origem negra e o professor Sérgio Almeida lançou o CD “Namorando a Terra”. O grande momento da noite foi a participação do professor Fábio Baqueiro, da UNILAB (Universidade da Integração internacional da Lusofonia Afro-Brasileira) com a palestra Por que  o estudo da África?

Na tarde de sexta-feira, dia 18 de novembro, as ações ficaram por conta da disciplina Sociologia com a exposição de cartazes sobre personalidades afrodescendentes da história do Brasil e do Baixo Sul Baiano e do grupo de oficinas organizadas por Jacilene Coutinho Bonfim (Jhessy Coutinho), da Coutinho Produções. O grupo ministrou oficinas artísticas-culturais de teatro, dança afro, música (percussão) capoeira e penteado afro. As oficinas tinham como objetivo contribuir para a valorização das culturas africana e afro-brasileira, assim como possibilitou espaços para o reconhecimento e construção de identidades negras.

Ao assumir o protagonismo dessas questões nos espaços sociais, dentro e fora do Campus, o NEABI encontra-se em consonância com o Art. 3° do regimento do Núcleo, cujo objetivo principal é articular e promover ações referentes à questão da igualdade e da proteção dos direitos de pessoas e grupos étnicos atingidos por atos discriminatórios, a exemplo do racismo, por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão.