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Justiça Reprodutiva: Análise Política da Sexualidade em Aula Aberta no Campus Santa Inês
Atualizado em 16 de abril de 2025 às 11:22 horas | Publicado em 16 de abril de 2025 às 8:35 horas

O auditório do Instituto Federal Baiano (IF Baiano) – Campus Santa Inês foi palco, na noite de 10 de abril de 2025, de uma Aula Aberta sobre Justiça Reprodutiva. A iniciativa partiu da turma 2021.1 do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, como culminância do componente curricular “Anatomia e Fisiologia Humana”, ministrado pela Profª Ma. Dolores Assaritti, e contou com a parceria do Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade (GENI) do campus na organização.

O evento convidou toda a comunidade acadêmica a prestigiar a apresentação de projetos desenvolvidos pelos futuros professores de Biologia, abordando a anatomia e fisiologia humana sob uma perspectiva política e socialmente engajada. Segundo a professora Dolores Assaritti, os estudantes demonstraram notável preparo e resiliência ao decidirem manter as apresentações mesmo diante da instabilidade no fornecimento de energia elétrica no campus naquela noite. Sem o uso de projetores, a atividade foi adaptada para um formato de roda de conversa, o que não diminuiu o brilho das discussões.

O diálogo percorreu temas cruciais como métodos contraceptivos, Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), gravidez na adolescência, dignidade menstrual, direitos reprodutivos das mulheres negras, violência obstétrica e as complexas relações entre justiça reprodutiva e religião. A Profª Dra. Cleomar Cabral, também coordenadora do GENI, e estudantes de outros cursos marcaram presença, enriquecendo o debate.

Quatro projetos centrais foram apresentados:

  1. Educação para Direitos Sexuais e Reprodutivos na Educação Básica;
  2. Dignidade Menstrual – Não Deixar Ninguém Para Trás;
  3. Biologia do Parto: dialogando os direitos reprodutivos das mulheres negras no contexto da Educação Básica;
  4. Justiça Reprodutiva e Religião.

Os trabalhos destacaram a importância de abordar esses temas na formação docente e na educação básica. Um dos projetos ressaltou que falar sobre direitos sexuais e reprodutivos “é fundamental para a formação integral dos estudantes, permitindo que desenvolvam conhecimentos e consciência sobre seus corpos, sexualidade, saúde e direitos”, sendo essencial para promover autonomia e prevenir problemas como gravidez não planejada, ISTs e violência de gênero (Trecho destacado do Projeto apresentado por Ana Rute Santos Borges, Cristiane Silva de Jesus, Paula Teles, Verônica Aragão).

Outro grupo enfatizou a dignidade menstrual como “um direito fundamental que garante […] acesso a produtos de higiene, informação e suporte adequado”, combatendo a pobreza menstrual que afeta a frequência escolar e o bem-estar. A discussão sobre “Biologia do Parto” trouxe à tona os “atravessamentos enfrentados pelas mulheres negras no campo obstétrico e os seus direitos reprodutivos”, defendendo a necessidade de abordar o tema nas escolas de forma crítica e contextualizada socialmente (Trecho destacado do Projeto apresentado por Daiane Pereira, Débora Rocha, Kamilla Inês Santana, Manoel Junior, Tatiane de Jesus e Viviane Santos).

Com relação à biologia do parto, o terceiro grupo a se apresentar destacou a importância de se “conhecer os atravessamentos enfrentados pelas mulheres negras no campo obstétrico e os seus direitos reprodutivos”. O grupo apresentou o projeto “Biologia do parto: Dialogando os direitos reprodutivos das mulheres negras no contexto da Educação Básica (Trecho destacado do Projeto apresentado por Marcos Oliveira, Tiago Leite, Jadson Amorim e Mirele Felix).

Por fim, o projeto sobre Justiça Reprodutiva e Religião propôs 10 compromissos práticos para a comunidade acadêmica assumir em defesa da liberdade e dignidade, incluindo a leitura crítica sobre o tema, o combate à desinformação, o acolhimento a vítimas de violência e a luta por direitos efetivos, “entendendo que nem todos tem acesso aos mesmos bens de serviços e consumo, pois vivemos diferentes realidades sociais.” (Trecho destacado do Projeto apresentado por Erica Santos Sampaio, Lucidreia Ferreira, Lucineia Bittencourt, Maria Aparecida Aquino).

Destaca-se ainda a poesia escrita pela estudante Lucineia Bittencourt, um exemplo da arte como metodologia potente para abordar temáticas sensíveis.

A Aula Aberta reforçou o papel do IF Baiano como espaço de formação crítica, conectando o conhecimento técnico-científico da Biologia às urgentes demandas sociais por justiça e equidade.


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