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O Instituto Federal Baiano Campus Santa Inês realizou, na última terça-feira, 16, oficina de confecção de jogos educativos com material reciclado. A oficina faz parte das atividades do curso de Educação Especial: reflexões e adaptações necessárias e teve como público os estudantes das duas turmas do curso.

O curso iniciou suas atividades em maio e encerra em outubro, com carga horária total de 75 horas. A oficina foi ministrada pela servidora do Campus, Tânia Nunes, e teve como objetivo fazer refletir sobre a importância da reutilização de materiais recicláveis para confecção de jogos educativos. A servidora ministrante expôs alguns jogos feitos por ela e, em seguida, os estudantes confeccionaram dois do jogos expostos.

O público aprendeu a reutilizar materiais recicláveis, como mídia de CD, bola de gude, tampas de garrafas PET, tampinhas, caixas de leite e suco, para confeccionar os jogos educativos para estudantes da Educação Básica. Segundo Tânia, a oficina também levou o público a refletir sobre a possibilidade de usar a confecção desses jogos como terapia de reabilitação motora para pessoas acometidas por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e também adaptar essas atividades recreativas para pessoas portadoras de necessidades especiais. Tânia já foi acometida por um AVC e compartilhou sua experiência pessoal de reabilitação motora com a confecção de jogos.

Segundo o coordenador do curso, Wasley de Jesus Santos, o avanço dos estudos sobre o meio ambiente tem nos levado à conscientização acerca do bom uso e uso inteligente de materiais que podem ser reciclados. “Muitos materiais que antes pareciam inúteis podem se tornar peças-chave para a confecção, por exemplo, de jogos educativos. Esses jogos podem ser adaptados para qualquer faixa etária e nível de ensino, além de poderem, também, ser remodelados a depender da necessidade específica (deficiências, transtornos globais do desenvolvimento ou superdotação) de algum estudante”, explica.

Os jogos têm cunho pedagógico e ensinam, por exemplo, a sequência de letras e números, vogais e consoantes ou operações matemáticas. Para Tânia é fundamental trabalhar com o lúdico na Educação Básica, por ser mais agradável e despertar mais a atenção do aluno. “Com a oficina, eu quis mostrar que podemos utilizar recursos extras em sala de aula para fixação do aprendizado e que isso, também, poderia ser adaptado e trabalhado com outros públicos (educação especial, educação infantil…) e, ainda, para outras finalidades, como reabilitação e terapia. Se para isso utilizarmos de reaproveitamento de material, contribuiremos para a diminuição de rejeitos”, afirma Tânia.

Para a aluna do curso de Educação Especial, Gizele Ferreira Barreto Silva, a oficina foi uma atividade proveitosa para os alunos do curso que são, em sua maioria, professores de escolas públicas, muitas delas desprovidas de recursos e materiais necessários para ministrar aulas de maneira diferente e divertida.