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Estudantes do curso de Licenciatura em Geografia realizaram atividade de campo nos municípios de Ilhéus e Olivença
Atualizado em 28 de setembro de 2017 às 12:15 horas | Publicado em 28 de setembro de 2017 às 12:15 horas

As atividades aconteceram entre os dias 22 e 24 de Setembro de 2017


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Entre os dias 22 e 24 de Setembro de 2017, os estudantes do curso de Licenciatura em Geografia realizaram uma atividade de campo nos municípios de Ilhéus e Olivença, a atividade envolveu três disciplinas: Geografia Política, Pedologia e Organização do espaço mundial ministradas pelos professores Silvio Marcio M. Machado, Fábio Nunes e Moacyr Velame. O objetivo do campo foi compreender o significado do território e as estratégias de territorialização dos povos indígenas na atualidade, investigar a relação entre etnia e solo dentro da ideia de Etnopedologia e verificar como se deu a articulação das escalas local, regional e global no período áureo do cacau.

Os estudantes de Geografia do Instituto Federal Baiano – Campus Santa Inês foram recebidos pelo Cacique Ramon na Aldeia Tucum da tribo Tupinambá no município de Olivença-BA, onde ficaram alojados. Durante as atividades em campo, os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer os costumes, a produção, as habitações, rituais e a forma como vive a população indígena na atualidade, de modo a desmistificar a noção de indígena que em geral é apresentada nos livros didáticos. Por meio de rodas de conversa, foi possível levantar as informações necessárias ao campo, verificar como se deu o processo de expropriação do território tradicional dos povos originários nesse período de mais de 500 anos de invasão portuguesa e como, apesar de todas as dificuldades, o povo tupinambá consegue preservar sua identidade, sua cultura e se mantem em luta pela demarcação de seu território, sem o qual o seu modo de viver e de ser não pode ser reproduzido.

Nesse sentido, os estudantes de Geografia foram convidados a participar da 17ª Peregrinação em Memória aos Mártires do Massacre do Rio Cururupe. “A praia do Cururupe, extremo norte da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, foi cenário da sangrenta Batalha dos Nadadores, comandada por Mem de Sá, em 1559. Segundo relato do próprio governador-geral, quando dispostos ao longo da praia, “tomavam os corpos [dos indígenas assassinados] perto de uma légua” (apud João da Silva Campos. 2006 [1947]. Crônica da capitania de São Jorge dos Ilhéus. 3 ed. Ilhéus, Editus, p. 186). Em 30 de setembro de 2001, os indígenas realizaram a primeira caminhada em memória dos mártires do Cururupe, recordando tanto o massacre levado a cabo por Mem de Sá no século XVI, quanto as ações do indígena Marcellino José Alves e de seus companheiros, que, nas décadas de 1920 e 1930 lutaram contra a penetração dos não-índios no território Tupinambá.” (Campanha Tupinambá).


Silvio Marcio M. Machado
Coordenador do Curso de Licenciatura em Geografia
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Portaria DOU 1.095 de 13 de junho de 2017

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