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28/09/2016 às 09:32

Eles possuem a limitação auditiva, mas não deixam de acreditar em seus objetivos. A educação é o caminho que escolheram para romper a barreira do silêncio. São jovens que através da Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS, se encontram hoje nas salas de aulas do IF BAIANO exercendo sua cidadania, construindo o seu futuro.

Inclusão, esta é a palavra-chave para um sistema educacional capaz de acolher a todos, independente de suas limitações físicas. Os surdos, por muito tempo estiveram à margem das políticas educacionais, mas desde que o Brasil optou por um sistema educacional inclusivo ao concordar com a Declaração Mundial de Educação para Todos em Salamanca, na Espanha, em 1994, as instituições de ensino passaram a assumir essa responsabilidade. Todo avanço é significativo, mas ainda há muito a fazer.

O IF BAIANO, Campus Senhor do Bonfim fez questão de celebrar o Dia Nacional do Surdo, 26 de Setembro, com todos os alunos, professores e servidores, palestra feita pelo Prof. Isaac Freitas, da UNIVASF e apresentação dos alunos não-ouvintes. Esta data marca a inauguração do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdo) em 1857, no Rio de Janeiro, que foi a primeira escola para surdos do Brasil.

Historicamente, a luta dos surdos têm sido pela afirmação de um sistema educacional capaz de atendê-los mediante a disseminação e valorização da língua brasileira de sinais no país, a qual desde 2002 é reconhecida como a segunda língua oficial do povo brasileiro. Para a servidora Sandra Oliveira, Tradutora e Intérprete de libras do campus, o Dia Nacional dos Surdos é representativo dos anos de luta dos deficientes auditivos para o seu reconhecimento pela sociedade. “Comemorar esta data é uma forma de empoderamento para mostrar às pessoas que eles são surdos mas também têm voz dentro da sociedade”, afirma Sandra.

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